Sobre a Revista

YUYAY, (ISSN: 2953-6685 e-ISSN: 2953-6677) é uma revista de divulgação de conteúdo científico-multidisciplinar, editada pela JLA Ediciones (FLO-GYE-SP) com linhas temáticas que refletem e relacionam as preocupações acadêmicas das ciências sociais, educação, ® artes e humanidades com os problemas de seu contexto. Os conteúdos são destinados à comunidade científica e aos interessados em conhecer, ampliar e aprofundar, a partir de perspectivas acadêmicas, temas de debate social, pedagógico, político, cultural, tecnológico e econômico, entre outros subtemas  das áreas mencionadas e que constam  da Classificação Internacional Padrão da Educação (CITE) da UNESCO (2011). A YUYAY® utiliza o sistema   de comunicação indexada Open Journal Systems (OJS e PKP) com recebimento de trabalhos para publicação digital em períodos trimestrais por volume: outubro-dezembro, fevereiro-maio e julho-setembro (dedicados a especiais ou diversos) e uma compilação anual em físico. Inclui artigos inéditos resultantes de avanços em pesquisas, estudos de caso, análise de resultados, metodologias, práticas pedagógicas, apreciações institucionais, modelos de desenho de aulas, projetos de desenvolvimento e inovação, diplomacia acadêmico-científica ou experimental e desenvolvimento social. 

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Edição Atual

v. 5 n. 1 (2025): Ecologias do Conhecimento: Explorações Transdisciplinares sobre Conhecimentos Situados, Tecnologia, Memória e Narrativas Educacionais
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As publicações acadêmicas muitas vezes se limitam a descrever resultados, metodologias e referências cruzadas com textos já legitimados. No entanto, há momentos em que a escrita busca ser outra coisa: uma possibilidade de diálogo a partir da experiência situada, da afetividade, e das urgências pedagógicas que não cabem em uma rubrica.

Este número temático surge justamente dessa necessidade: abrir espaço para pesquisas que não apenas analisem os processos educativos, mas que também os interroguem a partir de suas margens, de suas fraturas e de suas potências transformadoras. A coordenação editorial — composta por docentes-pesquisadores do Equador, Cuba e Colômbia — organizou um conjunto de trabalhos que não se apresentam como uma soma de artigos isolados, mas como uma rede de perguntas compartilhadas.

Os textos aqui reunidos compartilham um mesmo propósito: refletir criticamente sobre a educação latino-americana contemporânea a partir de seus territórios, sujeitos e possibilidades éticas e políticas de inovação pedagógica. São trabalhos que exploram o uso de plataformas digitais com foco na inclusão, que denunciam as desigualdades no acesso urbano à escola, que examinam a função transformadora — ou reprodutora — da escola frente à injustiça social, que investigam as práticas avaliativas através da voz dos próprios estudantes e que resgatam marcos teóricos para repensar o fazer docente a partir de um lugar mais colaborativo e emancipador.

Longe de oferecer “receitas educativas”, este número propõe um diálogo aberto entre aqueles que pensam, sentem e vivem a educação como um ato de justiça, criação e resistência cotidiana. As tecnologias aqui não aparecem como gadgets, mas como ferramentas a serviço da inclusão e do reconhecimento. As salas de aula não são vistas como espaços neutros, mas como palcos políticos onde se disputam a memória, o desejo e o direito.

Os artigos reunidos, além de respeitar o rigor acadêmico, constituem práticas de escrita comprometida, em que o dado convive com a voz, a estatística com o testemunho, e a teoria com a experiência. Nessa perspectiva, este número se inscreve no horizonte das ecologias do conhecimento: um entrelaçamento de saberes, linguagens e corpos que, longe de hierarquizar, se cruzam para abrir novas formas de compreender e transformar o educativo.

Aos leitores deste número — professores, estudantes, acadêmicos, gestores, comunidades — oferece-se não apenas uma leitura informativa, mas uma experiência reflexiva, um convite a tensionar o que se toma como certo e a imaginar futuros pedagógicos possíveis, onde ensinar, aprender e transformar não sejam verbos solitários, mas gestos profundamente coletivos.

Publicado: 2025-05-31

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